domingo, 13 de julho de 2008

Madre Teresa

COM MÚSICA

Conhecem isto?
“Os palavrões não nascem por acaso”…
Concordo plenamente. lol
A realidade é que dá a sensação que, para se ser “boa pessoa”, tem de se ser uma Madre Teresa.
Não podemos utilizar palavrões.
Temos de ser politicamente correctos.
Não podemos praticar a maldizência.
Não devemos ter malícia.
Devemos falar calma e pausadamente.
Não podemos discriminar.
Etc, etc, etc…
Bull Shit!!!
Pode-se ser boa pessoa sem se parecer uma mosquinha morta, sim…
Eu sou uma excelente pessoa. Podem gozar à vontade, mas sou.
Preocupo-me com os outros, faço o que está ao meu alcance pelo seu bem estar. Tenho respeito e consideração pelo próximo. Sou atenciosa… e podia estar aqui a noite toda a “gabar-me” das minhas qualidades altruístas… lol
No entanto pratico todos os “pecados” supra-citados…
Dado que a utilização de palavrões é natural na minha pessoa, quando o meu filho começou a falar, comecei a perguntar-me como poderia lidar com o assunto…
Expliquei-lhe o seguinte:
“Os palavrões são como as facas… só quem sabe é que as pode utilizar.
Por muito que queiras, com a tua idade, não podes utilizar uma faca afiada, que te cortas. Podes no entanto utilizar uma faca de manteiga, que não tem mal, dificilmente vais magoar alguém com ela.
Com os palavrões é a mesma coisa.
Tu és pequenino, podes utilizar palavrões pequeninos (há que ser coerente, não lhe podia proibir todos…lol) podes dizer bolas, chiça, caramba… e coisas do género.
Depois há os palavrões médios e os palavrões grandes. Estes estás proibido de os utilizar. Quando fores maiorzinho podes começar a utilizar os médios e quando fores adulto os grandes.”
E prontes… ele percebeu perfeitamente e segue à risca.
Volta não volta pergunta-me: “Mãe, posso dizer um palavrão só para saber se é grande? … Posso dizer merda?” – “Não Pedro, merda é um palavrão médio, ainda não podes dizer…” ; )
A utilização de palavrões é uma arte que é preciso saber dominar. Não me passaria nunca pela cabeça, num jantar de cerimónia, dizer “foda-se que a sopa está quente…”
É preciso controlar o que se diz, quando se diz e a quem se diz…mas não posso deixar de concordar com o Sr.Millôr Fernandes quando diz que o palavrão liberta.
É como a malícia… ou o que lhe queiram chamar…
Eu cresci no meio de homens. No fim da infância e início da adolescência, nada me fazia mais feliz do que “hang around” como o meu pai e os amigos.
Os homens, como toda a gente sabe, puxam sempre tudo para a cueca… e assim cresci também, e assim sou, tudo provoca em mim a piscadela de olho marota.
Um dia o meu pai e um amigo vieram jantar comigo e com vários amigos meus. No fim do jantar um deles disse-me “Porra, tu cresceste com estes dois gajos?! Já percebo porquê que és assim…” lol
Sim. E qual é o mal?
Porque é que eles, entre eles, podem mas nós não?
E porque é que não se há de poder cortar na casaca?
Ou “dizer mal” de alguém?
Há pessoas que, como dizem os franceses, “nous tapent sur les nerfs”, sim. Ou que têm a chamada “tête à claques”…
Porque raio é que havíamos de ter de meter isso para dentro? Não me venham com histórias, toda a gente pensa o mesmo volta não volta, a diferença é que uns exteriorizam e outros não.
Desde que se não ofenda ou agrida ninguém directamente, há algum mal em dar um bocado de rédea solta aos nossos instintos de maldizência? Bah…
O politicamente correcto… como já devem ter percebido, se seguem minimamente este blog, é uma coisa que me irrita solenemente…
Frazesinhas do estilo “A minha Aninha não te adora…” tiram-me do sério.
A gaja não te grama, não te pode ver nem com molho de tomate… isso sim.
Chamemos as coisas pelos nomes, caraças.
Uns são filhos, outros enteados… Pois com certeza. E não temos direito ás nossas preferências? Os seres humanos são todos iguais, por acaso? Há características que não gramo e tenho todo o direito a discriminar sim. A pôr de parte a malta que não me diz nada, a não confraternizar com ela…
And so on…
Volta não volta, corre mal?
Soltamos um palavrão sem querer na altura errada?
Cometemos gafes?
Julgamos mal alguém?
E então?! Alguém morre por isso? Paciência. Meia bola e força.
Viver e aprender, para a próxima teremos mais cuidado…
Não é preciso ser freira para se praticar o bem…
Estou farta daquela malta insípida, que parece que passa pela vida sem a viver, que não é carne nem é peixe.
A vida é para se viver intensamente, com fogo, com paixão, só temos uma…
Dasssssss!!! ; )
LOL


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