quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Eu falo, tu não falas, ele não fala...

COM MÚSICA

"A Cristina acha que consegue mudar as pessoas…”
Esta é uma afirmação recorrente com a qual o meu Tótó gosta de me taquiner … Costuma utiliza-la como introdução a pessoas que não me conhecem, em dias em que está com ganas de armar em arenque. O atestado de atrasada mental irrita-me de sobre maneira dado que estou perfeitamente consciente, e ele sabe disso, de que qualquer mudança tem de vir de dentro para fora. Apesar de obviamente receberem influências externas, as pessoas não são propriamente moldáveis como a plasticina e sem que se dê o já tão falado CLIC nada muda.

Confesso-me no entanto, sem qualquer dúvida, uma activista no que diz
respeito ás relações humanas e à procura da felicidade e do bem estar.
Este blog é a prova viva disso.
Na esmagadora maioria das vezes, eu acabo por dizer aquilo que os outros pensam. Pensam ou dizem… mas em geral não ás pessoas em questão.

Já dizia o Churchill: “Criticism may not be agreeable, but it is necessary. It fulfils the same function as pain in the human body. It calls attention to an unhealthy state of things.”

Hello, my name is Pain… Pain in the arse! lol

Acredito na interacção entre seres humanos, não sendo heremitas e já que temos de conviver, porque não tentar também entre ajudar-nos?
Acredito também na educação… tanto de crianças como de adultos… educação neste caso, no sentido de os levar a compreender que há regras básicas de convívio em sociedade que convém que se cumpram, para que possa haver harmonia, para que não se pisem calos. Afinal de contas muita gente se esquece frequentemente de que “a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros”.

Há, na minha opinião, cada vez mais indivíduos sem qualquer tipo de respeito ou consideração pelo próximo.
Um exemplo flagrante disto são os convites… ou por outra, a falta de resposta aos mesmos.
É mato, hoje em dia, as pessoas só responderem quando têm intenções de aceitar. Se estão noutra nem sequer se dão ao trabalho… e lá ficamos nós indeterminadamente sem saber se vamos ser seis ou vinte para jantar ou quantos quartos vamos ter ocupados no fim de semana.

Tá mali!
E como tá mali, eu digo que tá mali… refilo, ralho, barafusto…
A maior parte das pessoas que conheço encolhe os ombros e desabafa com quem está por perto. Eu mando vir com a pessoa em questão.
Pode ser que para a proxima faça exactamente a mesma coisa… mas não há de ser por não ter percebido que incomoda.

O que acabei de referir é uma atitude de reacção a actos de terceiros, mas eu também abro a boca sem qualquer tipo de “provocação”… lol
Acredito que os próprios nem sempre consigam ter o recuo suficiente para ver as coisas com uma certa clareza. Se encostarmos o nariz ao papel, não conseguimos ler nada.
Por outro lado, o habito faz com que já nem nos dêmos conta de certas coisas. Há muita malta que já não se apercebe de que vive numa casa “olfáticamente decorada a mijo de gato” por exemplo… lol

Eu considero “de amigo”, alerta-las, tentar fazer-lhes ver o que toda a gente “comenta” mas não lhes diz na cara…


Não sou completamente idiota… não faço isto com qualquer um.
Não entro na escola do meu filho e digo “Ó dona Zulmira, com as suas trancas não devia usar mini saia, parece uma vaca… “ ou ao motorista do taxi “Olhe o senhor desculpe, mas se não passa a tomar banho mais frequentemente vai perder a clientela toda, está praqui um bedum que não se aguenta…”
Não… Por muito que possa ser verdade, apesar de tudo o meu dispositivo de auto censura ainda funciona.

Mas se gosto de alguém… If I really care… Sinto-me na obrigação de alertar as pessoas para situações que possam, na minha opinião, ser-lhes prejudiciais… E isto faz com que seja frequentemente o punching bag do povo… :(


Não é fácil ser-se eu… acreditem! lol

A realidade é que as pessoas não gostam de ouvir certas coisas, por muito que eventualmente até acabem por “dar razão”, directa ou indirectamente.
Daí o resto do povo ficar calado e preferir comentar “nas costas”, é sem dúvida muito mais fácil.
Chamam-lhe política de não interferência… eu chamo-lhe cobardia.
Não acho normal refilar-se com todos os nomes com os presentes por alguém estar atrasado e não lhe dizer nada quando chega, por exemplo.

O meu amigo que acho que é gay não se assumiu por eu ter falado sobre o assunto e é bem possível que tenham sido outros factores a levar “certa pessoa” a ter deixado de beber que nem uma esponja...
Não me teria no entanto sentido bem com a minha consciência se não lhes tivesse dado uma palavrinha sobre o assunto.

Em ambos os casos o resultado foi ter perdido um “leitor”… os dois ficaram nítidamente chateados comigo… Não gostaram que tivesse falado “publicamente” no assunto… A realidade é que considerei que eram casos que mereciam ser discutidos, que eram suficientemente importantes para se dissertar sobre eles.
“Mais valia teres escrito directamente o meu nome…” Disse-me um…
Pois… esquecem-se é de que quem os identificou já estava perfeitamente por dentro do assunto e quem não os conhece não tinha hipótese de saber quem eram…

Há quem ache que tem “um problema comigo” porque eu lhe digo umas quantas “verdades”… Tenho pena de não ter apoio… tenho pena que não haja mais malta como eu.
Se uma pessoa nos disser uma coisa que não nos agradada duvidamos. Se forem duas, se calhar já começamos a por em questão. Se forem três, é possível que se dê um clic…
Mas não… em geral acabo sempre por fazer o papel da má da fita.
Levo palmadinhas no ombro e oiço “apoiado” nos bastidores, mas quando chega o momento da verdade é a debandada geral, ninguém fica ao meu lado.

Que se lixe!
Enquanto achar que posso ajudar alguém com as minhas opiniões hei de continuar a distribui-las for free…
Crucifiquem-me!!! ;)


10 comentários:

  1. bem...achei o maximo teres escrito este post. subscrevo as tuas palavras.
    tb tenho um blog..manhoso, mas é o se arranja e há bem pouco tempo escrevi uma coisa mais ou menos parecida se quiseres ler...
    manda-me um mail para catarinacm@yahoo.com que eu dou te o endereço do blog.
    bjs cat

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  2. ah! e adoro bowie...temos que por no dancing pos jantar

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  3. lolololololololol
    Ó parvalhona, então comentas como anónima, não dizes a morada do teu blog e depois deixas aqui a tua morada de e-mail para toda a gente ver?! lol
    Dito isto ainda bem que subscreves as minhas palavras porque quer dizer que percebeste o que queria dizer.
    Ainda só falei sobre este post com uma pessoa e fiquei com a sensação de me ter explicado mal, de não ter conseguido passar a mensagem correcta.

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  4. Eu estou de acordo com o post em geral, mas em relação aos outros dois posts a que fizeste referência no fim, acho que não me agradaria ver certos assuntos privados num blog de um amigo qualquer.

    Faço uma grande distinção entre as duas questões mencionadas nesses posts em termos de necessidade, ou direito à privacidade.

    Mas posso dizer, com toda a certeza que "me passava" se visse assuntos meus sensíveis mencionados num blog de alguém de quem, eu esperasse que os mantivesse na esfera privada.

    De resto, gosto que sejam sinceros comigo obviamente, para o melhor e o pior. Não há nada pior do que construir uma imagem xpto de si próprio e passar por maluco junto das outras pessoas.

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  5. Hmmm presumo que este vasco não deve ser O Vasco pois não?

    É que está bastante comedido... :-)

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  6. Neste momento é sem qualquer dúvida O Vasco, embora não seja o que tu conheces... ;)

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  7. Vasques, compreendo perfeitamente que te passasses se falassem publicamente de assuntos privados teus.

    No entanto... sabes quem são as pessoas de quem falo nos dois posts mencionados?
    Não sabes pois não?!
    Nem vais saber... nem tu nem ninguém que não os conheça.
    Não fui portanto indiscreta!

    Os que os conhecem e reconheceram, tiveram mil vezes o tipo de "conversa" que eu escrevi, sobre eles, mas nunca "com eles"...

    É aliás muito difícil ter esse tipo de conversa cara a cara, as pessoas põem-se logo à defesa e já nem ouvem o que tens para dizer.
    Num dos casos eu tentei...várias vezes...

    O por as coisas por escrito tem a vantagem de não seres interrompido, de conseguires levar um raciocínio avante sem te perderes em divagações.

    Qualquer um dos dois temas é suficientemente banal (no sentido de haver muita gente com o mesmo "problema") para valer a pena escrever um post sobre ele.

    Estava de facto a pensar em pessoas concretas quando o fiz mas, se os releres, vais possivelmente conseguir aplicar o que digo a pessoas que conheces tu e eu não...

    Em nenhum dos casos escrevi nada que se aplique exclusivamente a eles, não divulguei qualquer detalhe íntimo, não há absolutamente nada que os identifique...

    Há muita coisa escrita por todo o lado sobre os temas do alcoolismo e da homossexualidade. Consultei aliás várias delas para escrever os meus posts.

    Não gostaram do que leram?! Paciência... Em qualquer dos casos fi-lo por bem, com a melhor das intenções e no intuito de tentar ajudar e não atacar.
    Aliás, tanto a eles como a outras pessoas que possam estar na mesma situação e olha que devem ser muitas, tanto num caso como no outro.

    Não sei se o meu amigo será de facto gay, posso estar enganada... não afirmei que o era, coloquei a questão no sentido de o ajudar "a sair do armário" se for o caso.
    No caso da bebida, havia sem qualquer dúvida riscos muito reais quando escrevi o post.

    Repito: Crucifiquem-me! Mas não pude ficar calada...

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  8. qual é o problema de deixar o meu mail?

    cat

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  9. Tenho mesmo saudades de FALAR contigo... ;))

    Gostei do teu post, tenho vindo cá 'rapidamente' ler, mas não tenho tido tempo para me dedicar a um comentário...

    Só queria acrescentar que não encontro nada no teu post que seja indiscreto ou que tenhas publicado algum segredo.... por isso força ai e continua a escrever posts interessantes que EUzinha venho ler hehehehehe

    Kisses
    Take air!

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