sexta-feira, 15 de maio de 2015

Os filhos e o Facebook


Alguns putos não querem os pais como “amigos” no facebook.
Muita gente acha isso normalíssimo… eu não, acho que é sinal que algo está errado.
Todos, na minha opinião, temos direito aos nossos “jardins secretos”, acontece que o facebook é um “jardim público”.

Já aqui falei várias vezes sobre as redes sociais e afins, que continuo e continuarei a defender por considerar que trazem, apesar de tudo, mais coisas positivas do que negativas.
Há entanto, sem dúvida, muita gente completamente baralhada sobre o assunto.

A “barreira do computador” faz com que muitos tenham online comportamentos idiotas, imprudentes, inadequados, etc, esquecendo ou ignorando as regras básicas do convívio em sociedade.
Tendem, por outro lado, a esquecer-se que estar online é mais ou menos como estar no meio da rua e que tudo o que “postarem” pode, potencialmente, ser visto por qualquer um.

Dito isto, o que leva um filho a não querer que os pais tenham acesso à sua página?! Das duas uma, ou o seu comportamento ou o deles.
Ou seja, ou não querem que os pais vejam o que lá põem, por terem noção que poderá, na sua opinião, ser criticável, ou têm medo do que os próprios pais lá possam deixar.

No primeiro caso, ou têm pais particularmente rígidos ou postam de facto coisas que não deveriam, com os pais “a ver” ou sem eles.
Parece-me fundamental que tanto miúdos como graúdos, compreendam que as regras comportamentais da vida virtual são exactamente as mesmas que as da vida real e que não devemos fazer na nossa página nada que não fizéssemos noutro lado qualquer.
É mais do que evidente que a atitude de cada um muda consoante a pessoa que tem à frente ou o grupo onde está inserido no momento. Não falamos da mesma forma com avós e amigos, com professores e colegas, crianças e adultos, etc…
As redes sociais não são no entanto equiparáveis ao nosso quarto ou ao canto do recreio da escola, são “via pública”, é preciso ter noção disso.
Para uma audiência selecta existem os chats, as mensagens privadas, os emails… ou inclusivamente as próprias ferramentas de selecção do Facebook, que a maior parte desconhece ou não domina.

Suspeito no entanto que a segunda razão tenha em muitos casos tanto ou mais força do que a primeira. Há pais que não têm noção de como pode ser embaraçante para os filhos o seu comportamento online. Quem não foi já parar a uma página de exemplos disso?! 
Teoricamente, se tem têm conta no Facebook, estes já não serão propriamente crianças pequenas e, como todos sabemos, não há quem se embarace com mais facilidade do que os adolescentes.
Se acharem que os pais possam vir a ter uma presença invasiva, mais facilmente farão um pacto com o diabo do que aceitarão a sua amizade.
Fazer like a tudo o que colocam online ou encher-lhes a página de merdas não é ok, fá-los parecer meninos da mamã (ou do papá). Dar-lhes descascas públicas relativamente a algum post, também raramente é boa ideia, se temos alguma coisa a dizer, façamo-lo em privado sem os humilhar. Ir cuscar quem são os seus amigos e tentar sacar nabos da púcara ou, pior ainda, pedir-lhes amizade, é no mínimo controlador.
Enfim… não são só os filhos que se "portam mal”, há mil e uma coisas que os pais podem fazer que justificam que eles nos queiram à distância.

Voltamos assim à mesma conversa de sempre, a vida online não é diferente da vida real, as regras são as mesmas, o bom senso deve imperar e cá estamos para aprender uns com os outros. É nisto que se baseiam os relacionamentos saudáveis. ;)

COM MÚSICA

4 comentários:

  1. Concordo plenamente e acho que o pai e a mãe deviam ter esse minimo respeito por nós!

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  2. Mmmmm... parece-me a mim, vendo de fora, que o pai e a mãe têm o máximo respeito por vocês.
    Não haverá antes por aí alguma questão mal esclarecida?!

    Se quiseres falar, se achares que posso ajudar, tenho todo o gosto, só não o façamos por aqui, em praça pública... ;)

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  3. LOL! Eu percebo, coisas de pais e filhos.
    Se todas as coisas da vida estivessem esclarecidas, nada era o mesmo.
    Se eu preciso de ajuda? Não necessariamente.
    Porque vendo que já recorri ao "Tio Pita" (como ele gosta que lhe chamem)e não tendo funcionado minimamente, não me parece que eles mudem de ideias de um momento para o outro sobre certas liberdades... :P

    Mas thanks na mesma pela preocupação ;)

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  4. Nota que a oferta de ajuda não era para falar com eles, que isso é entre vocês... lol... era mais para eventualmente tentar compreender contigo os porquês de uma que outra coisa. ;)

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